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TEORIA ELECTROLÍTICA DE ARRHENIUS


TEORIA ELECTROLÍTICA DE ARRHENIUS

No final do século XIX, o químico Svante August Arrhenius enquanto trabalhava na Universidade de Uppsala, na Suécia, realizou uma série de experiências relacionadas com a passagem da corrente eléctrica através de soluções aquosas. Como resultado destes ensaios Arrhenius concluiu que há soluções capazes de conduzir a corrente eléctrica e outras não. Arrhenius atribuiu essa capacidade de conduzir a corrente eléctrica à existência de partículas electricamente carregadas nas soluções, chamadas iões e deste modo Arrhenius estabelecia a célebre Teoria de Electrolítica.

Segundo esta teoria, certas substâncias quando dissolvidas em água, vão se dividindo (dissociando e/ou ionizando) em partículas cada vez menores e dotadas de cargas eléctricas, chamadas de iões que depois ficam dispersas na água.

Assim, de acordo com esta teoria, quando o cloreto de sódio (NaCl) é dissolvido na água por exemplo, este vai se dividindo em partículas cada vezes menores e que possuem cargas eléctricas, no caso do NaCl essas partículas seriam os iões Na+ e Cl-, assim, devido à existência destas partículas com carga eleéctrica dipersas na solução, o NaCl conduz a corrente eléctrica.

Arrhenius também trabalhou com substâncias moleculares e terá constantado que soluções aquosas de determinadas substâncias também conduziam a corrente. Por exemplo, Arrhenius apercebeu-se que a solução aquosa do cloreto de hidrogénio (ácido clorídrico – HCl­­(aq) ) conduz a corrente e explicou este facto afirmando nessas soluções há presença de iões que são formados quando o HCl é dissolvido em água.

Contudo, Arrhenius também constantou que há substâncias moleculares que mesmo quando dissolvidas em água as suas soluções não conduziam corrente eléctrica, o que levou-o a concluir que as soluções dessas substâncias não conduzem corrente porque não existem iões livres nelas.
Por exemplo, quando a sacarose é dissolvida na água, ela vai se subdividindo em moléculas de sacarose que são neutras e portanto, não têm carga eléctrica, consequentemente, as soluções de sacarose não conduzem a corrente eléctrica.

Pelos seus trabalhos Arrhenius foi então atribuído o Prémio Nobel de Química em 1903.



Svante August Arrhenius - atribuído o Prémio Nobel de Química em 1903




Por: Miguel Pascoal

Graduando em Química


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